A liturgia deste 8º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre
as nossas prioridades. Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que
é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da
tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os
bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida
dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e
incondicional de uma mãe.
A primeira leitura, Is 49, 14-15
sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem
da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador,
eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as
características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por
isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá
para sempre a aliança que fez com o seu Povo.
Na segunda leitura, 1 Cor 4, 1-5,
Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial
(a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e
não no acessório (os veículos da mensagem).
O Evangelho, Mt 6, 24-34
convida-nos a buscar o essencial (o “Reino”) por entre a enorme bateria
de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse.
Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o
resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que
provê com amor às suas necessidades.
"Só em Deus descansa, ó minha alma."
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