Que sentido têm o sofrimento e a dor que acompanham a caminhada do homem
pela terra? Qual a “posição” de Deus face aos dramas que marcam a nossa
existência? A liturgia do 5º Domingo do Tempo Comum reflecte sobre
estas questões fundamentais. Garante-nos que o projecto de Deus para o
homem não é um projecto de morte, mas é um projecto de vida verdadeira,
de felicidade sem fim.
Na primeira leitura,
um crente chamado Job comenta, com amargura e desilusão, o facto de a
sua vida estar marcada por um sofrimento atroz e de Deus parecer ausente
e indiferente face ao desespero em que a sua existência decorre… Apesar
disso, é a Deus que Job se dirige, pois sabe que Deus é a sua única
esperança e que fora d’Ele não há possibilidade de salvação.
A segunda leitura
sublinha, especialmente, a obrigação que os discípulos de Jesus
assumiram no sentido de testemunhar diante de todos os homens a proposta
libertadora de Jesus. Na sua acção e no seu testemunho, os discípulos
de Jesus não podem ser guiados por interesses pessoais, mas sim pelo
amor a Deus, ao Evangelho e aos irmãos.
No Evangelho
manifesta-se a eterna preocupação de Deus com a felicidade dos seus
filhos. Na acção libertadora de Jesus em favor dos homens, começa a
manifestar-se esse mundo novo sem sofrimento, sem opressão, sem exclusão
que Deus sonhou para os homens. O texto sugere, ainda, que a acção de
Jesus tem de ser continuada pelos seus discípulos.
«Ai de mim se não evangelizar!»
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