A liturgia do primeiro Domingo do Advento convida-nos a equacionar a
nossa caminhada pela história à luz da certeza de que “o Senhor vem”.
Apresenta também aos crentes indicações concretas acerca da forma devem
viver esse tempo de espera.
A primeira leitura
é um apelo dramático a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no
sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do
pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem
dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia; essas “qualidades” de
Deus são a garantia da sua intervenção salvadora em cada passo da
caminhada histórica do Povo de Deus.
A segunda leitura
mostra como Deus se faz presente na história e na vida de uma
comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama
sobre o seu Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e
vigilantes, a fim de acolherem os dons de Deus.
O Evangelho
convida os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e
esperança, animados pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda,
que esse tempo de espera deve ser um tempo de “vigilância” – isto é, um
tempo de compromisso activo e efectivo com a construção do Reino.
«Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa»
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