A primeira leitura garante-nos que Deus não aceita a perpetuação de
situações intoleráveis de injustiça, de arbitrariedade, de opressão, de
desrespeito pelos direitos e pela dignidade dos mais pobres e dos mais débeis. Qualquer
injustiça ou arbitrariedade praticada contra um irmão mais pobre ou mais débil
é um crime grave contra Deus, que nos afasta da comunhão com Deus e nos coloca
fora da órbita da Aliança.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã que,
apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com
Paulo, o caminho do amor e do dom da vida; e esse percurso — cumprido na
alegria e na dor — tornou-se semente de fé e de amor, que deu frutos em outras
comunidades cristãs do mundo grego.
O Evangelho diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a
revelação de Deus se resume no amor – amor a Deus e amor aos irmãos. Os dois
mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e
estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de
serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento,
aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã.
“Amarás
o Senhor teu Deus
e o próximo como a ti mesmo»
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