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sábado, 26 de outubro de 2013

A LUZ DA FÉ - Encíclica


    Este é o título da primeira carta encíclica "Lumen Fidei" do Papa Francisco.

    É um documento importante porque nos fala que a luz da fé é a expressão com que a tradição da Igreja designou o grande dom trazido por Cristo. Jesus apresenta-se ao mundo como luz para que todo o que crê n'Ele não fique nas trevas (cf. Jo 12,46).

    O Papa Francisco nesta carta também diz que esta luz não é ilusória. Por este caminho a fé acabou por ser associada com a escuridão. Ele  diz que esta é uma luz que urge ser recuperada, porque é próprio da fé, pois quando a sua chama apaga-se todas as outras luzes também acabam por perder o seu vigor. Esta luz da fé ilumina toda a existência do ser humano.

    Está carta encíclica tem 4 capítulos.

    O primeiro tem por título - ACREDITAMOS NO AMOR (1 Jo 4, 16). Começa por explicar porquê Abraão é o nosso pai na fé. A palavra comunicada a Abraão é um chamamento e uma promessa. Ele pede a Deus para confiar nesta palavra.

    O segundo capítulo intitula-se - SE NÃO ACREDITARES, NÃO COMPREENDEREIS (Is 7, 9). Este está ligado à fé e verdade. Lido a esta luz, o texto de Isaías faz-nos concluir que o homem necessita de conhecimento, precisa de verdade, porque sem ela não se mantém na caminhada. Sem a verdade a fé não salva e não torna seguro os nossos passos. Lembrar esta ligação da fé á verdade é hoje mais necessário do que nunca por causa da crise da verdade em que vivemos.

    No terceiro capítulo designado de TRANSMITO-VOS AQUILO QUE RECEBI (1 Cor 15, 3), o apóstolo Paulo dirigindo-se à comunidade de Corinto utiliza duas imagens. Por um lado diz: « Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos» (2 Cor 4, 13); a palavra recebida faz-se resposta e confissão e por isso convida-nos a crer.
O Papa diz-nos que é impossível crer sozinhos. A fé não é só uma opção individual que realiza na interioridade do crente nem uma relação isolada entre o "eu" do fiel e o "Tu" divino, mas por sua natureza abre-nos ao nós e verifica-se sempre dentro da Comunhão da Igreja. A transmissão da fé verifaca-se essencialmente através do baptismo.

    Por fim, o quarto capítulo chama-se - DEUS PREPARA PARA ELES UM CIDADE (Heb 11, 16). A Carta aos Hebreus põe em relevo um aspecto essencial da sua fé; esta não se apresenta apenas como um caminho, mas também como edificação, preparação de um lugar onde os homens possam habitar uns com os outros.

    O primeiro âmbito da cidade dos homens iluminado pela fé é a família. Segundo o Papa, antes de tudo, está a união estável do homem e da mulher no matrimónio. Tal união nasce do seu amor, sinal e presença do amor de Deus. Em família, a fé acompanha todas as idades da vida, a começar pelo infância: as crianças aprendem a confiar no amor de seus pais. Por isso, é importante que os pais cultivem práticas de fé comuns na família, que acompanha o amadurecimento da fé dos filhos. Eles serão depois uma luz para a vida na sociedade.

    A Carta Encíclica termina com está frase - FELIZ DAQUELA QUE ACREDITOU (Lc 1, 45). São aqueles que, tendo ouvido a palavra com o um coração bom e virtuoso, conservam-na e dão fruto com a sua perseverança. Maria quando aceitou a mensagem do Anjo concebeu a fé e alegria (São Justino).

"A FÉ NO AMOR CONCRETO E REAL!"

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