A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da
realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e
pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa,
esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização
plena do homem.
A primeira leitura (Is 50, 5-9)
apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a
Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a
perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de
que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura
viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a
morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de
Jesus.
A segunda leitura (Tg 2, 14-18)
lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com
belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos
concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os
irmãos.
No Evangelho (Mc 8, 27-35)
Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai
para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena.
Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da
vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor
e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai
percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar
percorrer um caminho semelhante.
"Andarei na presença do Senhor
sobre a terra dos vivos."
sobre a terra dos vivos."
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