A liturgia do 17º domingo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em
saciar a “fome” de vida dos homens. De forma especial, as leituras deste
domingo dizem-nos que Deus conta connosco para repartir o seu “pão” com
todos aqueles que têm “fome” de amor, de liberdade, de justiça, de paz,
de esperança.
Na primeira leitura (2 Reis 4, 42-44),
o profeta Eliseu, ao partilhar o pão que lhe foi oferecido com as
pessoas que o rodeiam, testemunha a vontade de Deus em saciar a “fome”
do mundo; e sugere que Deus vem ao encontro dos necessitados através dos
gestos de partilha e de generosidade para com os irmãos que os
“profetas” são convidados a realizar.
Na segunda leitura (Ef 4, 1-6),
Paulo lembra aos crentes algumas exigências da vida cristã.
Recomenda-lhes, especialmente, a humildade, a mansidão e a paciência:
são atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de
auto-suficiência, de preconceito em relação aos irmãos.
O Evangelho (Jo 6, 1-15)
repete o mesmo tema. Jesus, o Deus que veio ao encontro dos homens, dá
conta da “fome” da multidão que O segue e propõe-Se libertá-la da sua
situação de miséria e necessidade. Aos discípulos (aqueles que vão
continuar até ao fim dos tempos a mesma missão que o Pai lhe confiou),
Jesus convida a despirem a lógica do egoísmo e a assumirem uma lógica de
partilha, concretizada no serviço simples e humilde em benefício dos
irmãos. É esta lógica que permite passar da escravidão à liberdade; é
esta lógica que fará nascer um mundo novo.
"Abris, Senhor, as vossas mãos
e saciais a nossa fome."
e saciais a nossa fome."
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