A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no
final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva,
a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e
que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o
projecto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
Na primeira leitura, (Actos 1, 1-11),
repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter
apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da
comunhão com Deus – a mesma vida que espera todos os que percorrem o
mesmo “caminho” que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos: eles não
podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas têm de
ir para o meio dos homens continuar o projecto de Jesus.
A segunda leitura, (Ef. 1, 17-23)
convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram
chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro
dessa “esperança” de mãos dadas com os irmãos – membros do mesmo
“corpo” – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse “corpo”. Cristo
reside no seu “corpo” que é a Igreja; e é nela que se torna hoje
presente no meio dos homens.
No Evangelho, (Mc. 16, 15-20),
Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, ajuda-os a vencer a
desilusão e o comodismo e envia-os em missão, como testemunhas do
projecto de salvação de Deus. De junto do Pai, Jesus continuará a
acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a vida
nova e definitiva.
"Por entre aclamações e ao som da trombeta, ergue-Se Deus, o Senhor."
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